segunda-feira, 31 de outubro de 2011

verdade

E a verdade? Como é bela a verdade. Citando a wikipédia, “a palavra verdade pode ter vários significados, desde “ser o caso”, “estar de acordo com os factos ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão. (...)"

Nos últimos tempos, têm ocorrido incidentes que provam que eu estive, estou e estarei sempre de acordo com os factos ou a realidade… as pessoas mais cedo, ou mais tarde, acabam por deixar cair as máscaras com que se escondem (ou não!), as máscaras com que vão inebriando os outros levando-os a pensar ser verdade o que nada tem a ver com os factos… “de facto”, nada acontece por acaso, e aqueles que ficaram do lado de lá, aqueles que se deixaram levar pela facilidade da mentira, estão agora certos do engodo em que mergulharam… podia dizer: - tenho pena!, mas não digo! não digo, nem sinto – não tenho pena.

Acredito estar apenas a presenciar o início do fim de um reinado – vais cair! eu sei – e não tenho de o desejar, porque, mais cedo do que esperas, vais morder a tua própria língua e provar do veneno amargo que teimas em espalhar. E sim, é verdade – não me arrependo de nada do que fiz – voltaria a fazê-lo em nome da verdade. Esta é a realidade de hoje,...!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

saudade

Ainda estou a digerir e a tentar resolver o puzzle dos últimos dias de uma pessoa que resolve pôr fim à vida… Não estive lá… já não estava lá, há muito tempo, mas continuava no meu coração. Sim, o meu tio estava no meu coração, não por ser meu tio, mas porque viveu em mim durante muito tempo e durante muito tempo, eu também vivi nele. E hoje… não sei bem porque estou a escrever estas palavras, mas tenho saudades, saudades de quem já não via há algum tempo, mas estava lá, e agora já não está. Partiu para junto de quem o amava, sem saber que aqui, também o amavam. É mais fácil agora dizer: estarás para sempre no meu coração! Mas estas palavras não teriam qualquer significado se ele não estivesse no meu coração antes de partir… e agora é tarde. Um dia estaremos todos juntos. Eu sei, e ele sabe que um dia estaremos todos juntos, por isso, digo-lhe até logo!

sábado, 3 de setembro de 2011

Música destes dias...



Mary Anne, do you remember
The tree by the river
When we were seventeen?

Dark canyon wall, the call and the answer
And the mare in the pasture
Pitch black and baring its teeth

I recall the sun in our faces
Stuck and leaning on graces
And being strangers to change

Radio and the bones we found frozen
And all the thorns and the roses
Beneath your window pane

Now I'm asleep in a car
I mean the world to a parted-mouth girl
A pretty pair of blue-eyed birds

"Time isn't kind or unkind," you liked to say
But I wonder to who
And what it is you're saying today

Now I'm asleep in a car
I mean the world to a parted-mouth girl
A pretty pair of blue-eyed birds

"Time isn't kind or unkind," you liked to say
But I wonder to who
And what it is you're saying today

Mary Anne, do you remember
The tree by the river
When we were seventeen?

Dark canyon road, I was coy in the half-moon
Happy just to be with you
And you were happy for me

Casa

Em casa, a viver estes últimos dias de férias...

sábado, 27 de agosto de 2011

Música do dia



All these inanimate places feel like they're changing.
The kids all lined up on the wall like they're ready to die.
These arms are sending, it's like they just rearrange them.
We were caged up like animals and questioned and ready to cry!

'cause i was just 13 when i got my first taste of danger.
I was standing by the church, i had a bottle and a pen in my hand.
Oh i said "father, i'm sorry, i just don't know what to do with this anger.
This behavior is collectible, i know this wasn't part of your plan."

But little fucks like us, we were always receiving instruction.
You could burn off clothes, you could wash out the ink and the dye
But you can't look me in the eye and say you don't feel like a little destruction.
And the kids are lined up on the wall and they're ready to die.
And the kids are lined up on the wall and they're ready to die.

All these days just seem like they're getting longer.
The view from our room is a gloomy and overcast grey.
The weakness we left behind seems to be getting stronger.
I swear there's something in the air, and i don't know what anyone could say.

'cause i saw the news this morning, there was another
Boy by the side of the road, he had a gun in his hand.
I thought "what could you say to make it ever make sense to his mother?
'oh ma'am, he was excitable, we were just trying to make him a man.'"

But the day will come when it falls like a cheap house of plastic.
And the cards we were dealt, tossed like a storm in the sky.
'cause you can only lie for so long before you get something drastic
And the kids are lined up on the wall and they're ready to die.
And the kids are lined up on the wall and they're ready to die.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Verdade

Bom, bom é quando a verdade vem ao de cima sem termos de mexer uma palha para isso!!!!
Apanha... toma... vai buscar!!!!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Just Live!

Take a step back. Fucking look at yourself. You are human. You are beautiful. You are so beautiful. And you can be anything. You can be everything. Do not hate everyone because someone broke your heart, or because your parents split up, or your best friend betrayed you, your father hit you, the kid down the street called you fat, ugly, stupid, worthless. Do not concern yourself with things you cannot control. Cry when you need to, then let go when it’s time. Don’t hang onto painful memories just because you’re afraid to forget. Let go of things that are in the past. Forget things that aren’t worth remembering. Stop taking things for granted. Live for something. Live for yourself. Fall in love. Fall out of love. Fall in love. Fall out of love. Do this over and over until you what it really is to love someone. Question things. Tell people how you really feel. Sleep under the stars. Create. Imagine. Inspire. Share something wonderful. Meet new people. Make someone’s day. Follow your dreams. Live your life to it’s full potential. Just live, dammit. Let go of all of the horrible in your life and fucking live. And one day, when you’re old, look back with no regrets.

(Source: loseyourpride)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

futuro

‎07/ 07 - Não haveria um dia melhor para encerrar este ciclo! O futuro começa hoje!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ser ou estar?

Estou aqui, mas não estou. Estou aqui, mas não sou. Não sou eu. Não, não estou! Ou não sou! Vou sendo e sendo fui, mas não sou.

Explicação da Eternidade

devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.

os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.

por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.

os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.

foste eterna até ao fim.

José Luís Peixoto, in "A Casa, A Escuridão"

sábado, 14 de maio de 2011

Ficar

Apareço para escrever. Escrevo. Escrevo estas linhas que são tortas antes de o serem. O que quero está muito longe desta realidade. Quero outro chão, outro sol, outra lua… quero um horizonte que não acabe lá ao fundo, onde tudo parece não chegar. Quero estar sem pensar que estou de passagem, quero raízes que me prendam à terra que me viu crescer, ao chão que deu vida aos meus sonhos. Quero viver, quero sonhar… quero acordar e voltar, voltar, voltar e ficar de vez.

terça-feira, 10 de maio de 2011

não há motivo para te importunar a meio da noite

não há motivo para te importunar a meio da noite
como não há leite no frigorífico
nem um limite traçado para a solidão doméstica.



tudo desaparece.
nada desaparece.
tudo desaparece antes de ser dito
e tu queres dormir descansada.


tens direito a um subsídio de paz.


se eu escrever um poema
esse não é para te importunar.


eu escrevo muitos poemas
e tu trabalhas de manhã cedo.


toda a gente sabe
que a noite é longa.
não tenho o direito de telefonar
para te dizer isso.


apesar dessa evidência
me matar agora.
e morro.
mas não morro.


se morresse, perguntavas:
porque não me telefonaste?
se telefonasse, perguntavas:
sabes que horas são?
ou não atendias.


e eu ficava aqui.
com a noite ainda mais comprida,
com a insónia.


com as palavras
a despegarem-se dos pesadelos.


José Luís Peixoto, in Gaveta de Papéis

segunda-feira, 25 de abril de 2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Plim...

Faz hoje um ano que pisei este chão pela primeira vez! Sinto-me cansado… queria que o tempo fosse e “plim”, aparecia já noutro espaço e tudo isto faria parte do passado.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Liberdade

    Chegou a horas, como, aliás, chegava todos os dias. Disse bom dia, pousou a mala e sentou-se.  Percebeu que o dia se tinha tornado ainda mais cinzento do que quando saiu de casa. Não dera por isso durante a curta viagem que fez de casa até ao local de trabalho. Há dias que andava assim. Preocupado com a falta de inspiração para escrever o que quer que fosse, aparecia agitado, tenso e os seus movimentos eram mais descoordenados do que o habitual.
    Agora, pensava nas horas a fio que iria passar naquele quadrado de paredes brancas em que nada era susceptível de lhe despertar a menor vontade para escrever o que quer que fosse. Pensou que se ao menos pudesse abrir a janela para o ar circular… mas logo se lembrou de que ali não havia nenhuma janela para abrir.
    Tinha na cabeça a imagem perfeita e nítida do que queria escrever, só não sabia como transformar essa imagem perfeita e nítida em palavras… se pudesse fazer um desenho, seria muito mais fácil, mas não, não era um desenho que tinha de fazer.
    Pegou, mais uma vez, nos papéis que tinha a seu lado na secretária.
    Tocou o telefone. Sentiu o coração bater mais depressa. Sempre que o telefone tocava, pensava que seria para ele. Não era. Nunca foi para ele que o telefone alguma vez tocou.
    Levantou-se abruptamente e dirigiu-se para a saída. – Vou-me embora! – disse. – Amanhã passo cá para levar as minhas coisas. E bateu com a porta com uma sensação de vitória por saber que seria aquela a última vez que estaria ali.
    Acendeu um cigarro e saboreou-o como se aquele fosse o seu último cigarro. E era. Era o último cigarro que fumava depois de sair daquele lugar, porque nunca mais tornaria ali. Aquele lugar, o lugar onde viveu uma vida que não foi sua. Uma espécie de vida sem qualquer comparação com outra espécie de vida que tivesse vivido até então. Agora estava vivo. Há dez minutos atrás esteve morto. Morreu quando lhe tiraram o que de melhor ele tinha: o seu númen.
    Acabou o cigarro e meteu-se no carro. Não quis ir para casa… sair de uma prisão e meter-se noutra? Não queria. Foi ver o mar. Gostava de ver o mar nos dias cinzentos. Tentava descobrir no horizonte a linha onde acaba o mar e começa o céu…
    Aos poucos, regressava a ele uma sensação de liberdade que não sentia há muito tempo. Uma sensação que não sentia desde criança, quando os dias pareciam durar semanas, as semanas meses… o tempo era todo dele e não era urgente viver. Uma liberdade para não escrever mais, porque não lhe apetecia escrever. E não escreveu.

Palavras mágicas